quinta-feira, 21 de abril de 2011

Ministério de Louvor Tocando o Céu

A PRESENÇA E A GLÓRIA DE DEUS
Pr. Edemar Vitorino
Texto:
Texto base: "Respondeu-lhe: A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso.
Então lhe disse Moisés: Se a tua presença não vai comigo, não nos faça subir deste lugar.
Pois como se há de saber que achamos graça aos teus olhos, eu e o teu povo? não é porventura, em andares conosco, de maneira que somos separados, eu e o teu povo, de todos os povos da terra?
Disse o Senhor a Moisés: Farei também isto que disseste; porque achaste graça aos meus olhos,e eu te conheço pelo teu nome.
Então ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória.
Respondeu-lhe: Farei passar toda a minha bondade diante de ti, e te proclamarei o nome do Senhor; terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer.
E acrescentou: Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá.
Disse mais o Senhor: Eis aqui um lugar junto a mim; e tu estarás sobre a penha.
Quando passar a minha glória, eu te porei numa fenda da penha, e com a mão te cobrirei, até que eu tenha passado.
Depois, em tirando eu a mão, tu me verás pelas costas; mas a minha face não se verá."
Êxodo 33:14-23.
Introdução:
Nos próximos dias Moisés teria pela frente um grande desafio:- conduzir o povo de Israel rumo à terra prometida. Missão árdua, difícil e sobremodo pesada para qualquer mortal! Moisés então fala com Deus: "Se a tua presença não vai comigo, não nos faça subir deste lugar" (v. 15).
Deus disse a Moisés que atenderia o seu pedido. E de fato a presença do Senhor foi com eles durante todos os anos da longa caminhada rumo à Canaã. A presença de Deus era vista e sentida por todos, em todo o tempo, através da nuvem que os cobria do intenso calor do sol, da coluna de fogo que os guiava à noite, das rochas das quais brotou água para o povo beber, e do poder miraculoso da vara conduzida por Moisés, além de muita outras manifestações gloriosas.
Com base nos relatos bíblicos podemos dizer que Deus realmente foi com eles todos os dias da longa caminhada.
Hoje em dia não é diferente. Se desejarmos e invocarmos a presença do Senhor, é certo que Ele nos acompanhará diariamente.
Do episódio narrado no texto acima podemos extrair preciosos princípios ou lições para as nossas vidas hoje. Vejamos:-
I - DEVEMOS DESEJAR E PEDIR A DEUS QUE NOS ACOMPANHE TODOS OS DIAS
A presença de Deus com Moisés e todo o povo de Israel não se dava apenas nos cultos realizados na tenda... Era uma presença constante, permanente, que propiciava ao povo novas experiências a cada dia. Todo dia era dia de milagres!
O mesmo pode e deve ocorrer em nossas vidas hoje! Deus deseja nos acompanhar com a Sua presença e a Sua graça em todo o tempo, todos os dias, todas as horas. É um erro pensar que a presença do Senhor só se manifesta nos cultos coletivos. Não podemos dissociar a nossa vida espiritual da nossa vida secular. Diariamente havia problemas na marcha do povo de Israel, mas Deus estava ali para os ajudar e livrar. Também em nosso viver diário surgem problemas e situações imprevistas a toda hora, e nós necessitamos de Deus nos socorrer e nos livrar!
Porém, nós temos que proceder tal como Moisés...
1. reconhecer a nossa incapacidade para enfrentar os desafios diários sozinhos;
2. reconhecer que Deus é poderoso, e que a Sua Presença garante a vitória;
3. desejar e invocar a Presença de Deus para o nosso viver diário.
Não deixe para buscar Deus tardiamente, na hora da dor e do sofrimento! É melhor buscá-Lo antes que as águas se tornem turvas, e o mar fique agitado...!
Inclua Deus em todos os seus assuntos, decisões e planejamentos. Peça sempre a Sua sábia direção e conselho antes de tomar qualquer decisão na vida, e você verá como as coisas correrão maravilhosamente bem para você!
II - AME, DESEJE E BUSQUE TAMBÉM A GLÓRIA DE DEUS
Além de pedir a "presença do Senhor", Moisés pediu também que Deus lhe mostrasse a "Sua Glória".
O que é a Glória de Deus?
Deus é Onipresente, isto é, está presente em toda parte! A presença do Senhor cobre toda a terra, cremos e aceitamos isto pela fé. "Bem-aventurados os que não viram e creram". Porém, há momentos em que Deus se manifesta de maneira que a Sua presença pode ser percebida e compreendida pelos homens ( Exemplos: Êx 16:10; 24:16; I Reis 8:11; Is 6:3 e Eze 1:28). No tempo do Velho Testamento assim Deus manifestava a Sua glória. Em relação ao Senhor Jesus Cristo, a Sua presença em Si é a própria glória de Deus manifesta. João disse: "... e vimos a sua glória, como do unigênito do Pai..." João 1:14. Entretanto, ocasionalmente, o Senhor Jesus resplandecia uma glória maior do que a comum, a ponto mesmo de os homens terem dificuldades em suportar tais manifestações. ( Exemplos: No Monte da Transfiguração - Comparar Lucas 9:31 com II Pedro 1:16,17; em alguns dos milagres de Jesus - ver João 2:11; 11:4,40 ). Em relação a nós, chamamos de "glória de Deus" aqueles momentos de manifestações ou visitações especiais de Deus, que chamam a nossa atenção e ficam vividamente registrados em nossas memórias.
A "glória de Deus" é o Esplendor e o Resplendor de Deus; o Glamour, a Beleza, e a Formosura de Deus, a Luz e o Fulgor que há em Deus. A "glória de Deus" é o próprio Deus em toda a Sua Imensurável Grandeza, Majestade e Poder. A Presença de Deus reflete a Glória de Deus, porém esta glória é de tal grandeza que é impossível a nós os mortais contemplá-La em toda a Sua plenitude. Então, o Senhor manifesta a Sua glória a nós em limites que nós possamos suportar. Assim, o muito que podemos ver não passa de gotas de tudo aquilo que Deus é, e pode fazer. Moisés passou quarenta dias na presença de Deus no monte, e ao descer o seu rosto resplandecia de tal forma que o povo não lhe podia olhar diretamente, tendo que recorrer ao uso do véu. (Êxodo 34:29-35). A glória de Deus apareceu a Saulo de Tarso, no caminho de Damasco, e ele ficou cego por três dias! (Atos 9:3-8). Em Êxodo 33:11 diz que Deus falava a Moisés "face a face, como qualquer fala a seu amigo...". Contudo Moisés ouvia, mas não via fisicamente a Deus. O Senhor mesmo afirmou isto no verso 23, do mesmo capítulo, dizendo; "... tu me verás pelas costas; mas a minha face não se verá." E como diz a Palavra de Deus em João 1:18 e I João 4:12: "Ninguém jamais viu a Deus...". Virá o dia em que "...toda a terra se encherá da glória do Senhor" - Números 14:21. Um dia os salvos irão habitar com o Senhor, na Nova Jerusalém; veja o que diz a Palavra de Deus acerca dessa santa cidade: "a cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada." - Apocalipse 21:23. "Porque agora vemos como em espelho obscuramente, então veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei como também sou conhecido." - I Cor 13:12.
III - QUANDO BUSCAMOS A PRESENÇA E A GLÓRIA DE DEUS, DEUS NOS OFERECE UM LUGAR JUNTO A ELE
"Disse mais o Senhor: Eis aqui um lugar junto a mim; e tu estarás sobre a penha."
Moisés pediu a Deus duas coisas: - que a presença do Senhor o acompanhasse durante a marcha rumo à Canaã, e que Deus lhe mostrasse a Sua glória.
Conforme nossos comentários acima, são pedidos diferentes!
a) A presença de Deus é indispensável e nos oferece descanso, no sentido em que Deus está conosco, abraçando a nossa causa, lutando a nossa peleja, nos garantindo vitória;
b) A glória de Deus une os céus à terra - traz Luz e Revelação ao nosso espírito acerca da Pessoa de Deus, e das coisas inerentes ao Reino de Deus. Manifesta amor, bondade, graça e misericórdia de Deus e libera unção e poder de Deus. É um bálsamo novo que nos reveste de unção e poder, nos fortalece espiritualmente e nos aproxima de Deus, o Qual nos convida para mais perto dele, e nos faz assentar sobre a Rocha.
O Senhor se agrada quando nós buscamos a Sua presença e a Sua glória. E assim como atendeu aos pedidos de Moisés, Ele também nos atenderá! Se O buscarmos é certo que O acharemos! "Buscar-me-eis e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração" (Jeremias 29:13). "...O Senhor está convosco, enquanto vós estais com ele; se o buscardes, ele se deixará achar; porém, se o deixardes, vos deixará." II Crônicas 15:2-b.
Nós podemos e devemos intensificar a nossa busca de Deus. A salvação é o primeiro passo que devemos dar; porém, após a conversão muitas outras experiências gloriosas que muito nos edificarão e nos ajudarão em nosso viver diário. Há um hino tradicional que costumávamos cantar que diz: " A presença de Jesus enche o coração de luz, mui preciosa fica, cada vez mais rica, esta vida com Jesus". Em Atos 1:8 está escrito: "...mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo...".
Fuja do espírito de religiosidade, saia do marasmo, do comum, não permita que a sua vida espiritual se transforme em tediosa rotina! Deseje sempre mais, busque sempre experiências maiores e renovadas!
"Buscai e achareis..." (Lucas 11:9).

terça-feira, 19 de abril de 2011

Ministério de louvor Tocando o céu

SERVIR AO DEUS VIVO E VERDADEIRO
Sergio Bradanini

Não é necessário falarmos disso, pois eles mesmos contam qual acolhimento que da vossa parte tivemos, e como vos convertestes dos ídolos a Deus, para servirdes ao Deus vivo e verdadeiro, e esperardes dos céus a seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos: Jesus que nos livra da ira futura (1Ts 1,9-10).
Em nossos dias, há quem freqüentemente diga, após longas e demoradas análises sociais e religiosas, que uma das principais características do mundo moderno é o fenômeno do ateísmo, da indiferença religiosa ou do agnosticismo. Há também quem diga que o ser humano é uma 'formidável máquina que produz ídolos'. Não se trata de saber quem tem ou não tem razão, se o ateísmo ou o politeísmo, mas de notar que as pessoas que se identificam com essas categorias manifestam, geralmente, a tendência a transformar a própria situação num artigo de fé obrigatório para todos. Além do mais, quando não se acredita mais em Deus, isso não significa que não se acredita em nada, mas acaba-se acreditando em tudo, daí a multidão e a variedade de "deuses" produzidos para o próprio uso e consumo!
Se o ambiente em que vivemos manifesta estes aspectos, então temos um motivo a mais para retomarmos o ponto fundamental de referência da Igreja primitiva expresso em 1Ts 1,9-10. Nesse texto, Paulo fala da conversão dos pagãos que abandonaram o culto aos ídolos para se voltarem ao Deus vivo e verdadeiro. Sem dúvida alguma, o apóstolo apresenta uma formulação antiga da fé cristã em que aparece em primeiro plano o kérygma, isto é o anúncio da morte-ressurreição de Jesus (cfr.1Ts 4,14;5,10). Esse anúncio, proclamado por Paulo como acontecimento de salvação, é confirmado, logo adiante, pela expressão "Nós vos proclamamos o kérygma do evangelho de Deus"(1Ts 2,9).
A proclamação desse fato central da fé cristã implica, necessariamente, o apelo à conversão. Trata-se de uma dimensão vital, pois o termo conversão exige uma mudança de conduta ou, até mesmo, uma nova e mais radical orientação de comportamento. Se de um lado significa voltar-se para Deus, do outro lado, exige necessariamente o afastamento dos ídolos. Este fato é mais significativo ainda porque 1Ts1,9-10 é o único texto do kérygma primitivo a mencionar a conversão "ao Deus vivo e verdadeiro", isto é, ao Deus de Israel. Em todo caso, o conteúdo desta proclamação, para Paulo e toda a Igreja primitiva (cfr. At 14,15;26,18), é algo inegociável e indiscutível, representa a condição sem a qual,l não existe mais a fé cristã. Uma vez que o anúncio evangélico é dirigido aos pagãos, é necessário precisar que a fé em Jesus morto e ressuscitado é inseparável da fé no Deus já revelado na experiência religiosa do povo de Israel, como o Deus único e verdadeiro.
Paulo, nesse sentido, mostra sua fidelidade à tradição profético-sapiencial: os ídolos não podem salvar porque, na realidade, não existem, são mentiras, são falsos: "Os ídolos não são nada" (Sl 81,10). Em contraposição, só o Deus da tradição bíblica é verdadeiro e autêntico, ele é o Deus vivo e por isso mesmo é o único que pode dar a vida e ser o salvador da humanidade. O pano de fundo da proclamação evangélica torna-se ainda mais claro, ao lembrarmos que a pregação profética era dirigida às nações pagãs, para que se voltassem para o Deus vivo (Is 45; Jr16,19ss).
Ora, "servir ao Deus vivo e verdadeiro" significa reconhecê-lo como único Senhor. Entretanto, a idolatria, o ateísmo e outras características de ontem e de hoje nunca são superadas de uma vez por todas. Elas renascem continuamente sob diversas formas.